Globo é proibida de exibir o caso Henry Borel no Linha Direta

Pedro Bial é o atual apresentador do Linha Direta (Foto: Divulgação)
Pedro Bial é o atual apresentador do Linha Direta (Foto: Divulgação)

A Globo recebeu uma ordem da Justiça do Rio de Janeiro, a pedido do ex-vereador Dr. Jairinho. O sujeito é acusado de matar o garotinho Henry Borel em 2021. Portanto, a emissora acabou sendo impedida de exibir o caso no programa Linha Direta, que estava programado para ir ao ar na próxima quinta-feira (18).

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Segundo a coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo, a juíza responsável pelo caso, Elizabeth Machado Louro, concedeu uma liminar. Na decisão, a magistrada argumenta que o processo ainda não acabou sendo julgado. Desse modo, a transmissão em um canal aberto e de grande audiência não parece ter fins informativos.

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Além disso, em outra parte da decisão, a juíza afirma que o réu deve ser julgado por um corpo de juízes leigos e que essa exposição pode comprometer a imparcialidade desses julgadores.

Por fim, a magistrada afirma não conhecer o conteúdo da atração, mas falou sobre a representação do crime com atores: “Veja-se que a veiculação de programa que se vale de representações por atores – o que, sem sombra de dúvidas, abre caminho para influenciar, e até exacerbar, as emoções do público”, finalizou.

Defesa de Jairinho tira reportagem do Linha Direta do ar

A advogada Flávia Fróes, integrante da defesa do ex-vereador Jairinho, é a responsável por fazer o pedido. De acordo com a reportagem, o caso não está sob sigilo de Justiça. Dessa forma, as audiências irão ao ar ao vivo pelo canal online do Tribunal de Justiça do Rio.

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Doutor Jairinho (Foto: Reprodução)
Doutor Jairinho (Foto: Reprodução)

Nos bastidores da Globo, vale ressaltar que há uma percepção de que a decisão de proibir a transmissão do programa Linha Direta sobre o caso Henry Borel configura-se como uma forma de censura prévia. É importante destacar que tal ato acaba sendo expressamente proibido pela Constituição de 1988. Desse modo, o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) julgou como inconstitucional.

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