Caso Dani Calabresa e Marcius Melhem ainda vai longe
As representantes jurídicas da atriz Dani Calabresa querem que o Ministério Publico Federal investigue Marcius Melhem pelos crimes que teria cometido. Para quem não sabe, em crimes como esse cabem ao Ministério Público, pois é uma ação penal pública incondicionada.
Fora isso, pedem uma indenização por danos morais, após o ex-diretor ter exposto conversas e áudios privados com a humorista. Para quem não sabe, Marcius Melhem foi em reportagem da Folha questionar porque não foi processado, e fez uma série de revelações privadas para se defender.
A advogada de Dani Calabresa e outras mulheres da Globo contou, como informa Nina Lemos do UOL, que a defesa da comediante enviou um pedido de investigação à Ouvidoria da Mulher no Ministério Público Federal nesta quinta (17). Soraia comentou ainda que vai entrar com medidas contra a revelação de mensagens pessoais entre o ex-Globo e ela. A advogada disse que divulgar conversas pessoais é crime. Vale dizer que até agora a humorista não tinha acionado o Judiciário.
Na terça (15), Marcius Melhem reuniu diversas falas feitas com Dani Calabresa entre 2017 e 2019 para, de acordo com ele, “contrapor uma narrativa falsa” a respeito das denúncias de abuso. Ele colocou trechos de conversas que provariam a amizade mesmo após as denúncias. “Estou mostrando coisas que expõem a relação amistosa que temos. Não é expor uma suposta vítima. Estou mostrando que eu e a suposta vítima tínhamos uma relação no período que a revista diz que ela estava traumatizada comigo. É só para contrapor uma narrativa falsa”, disparou para a Folha.
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A advogada de Dani Calabresa continuou. “Não estamos excluindo a possibilidade de crimes mais graves que o assédio. Temos relatos de situações que incluem violência e que poderiam ser caracterizadas como tentativa de estupro, mas isso vai depender de como o Ministério Público vai entender e do que será decidido”, disse a bacharel.
Soraia concluiu falando que desacreditar as vítimas como Dani Calabresa é uma estratégia comum em casos como esse. Ainda segundo a doutora, “tudo está sendo feito com calma para que as vítimas sejam protegidas” e que faz parte do progrceso que a “revitimização” da mulher não aconteça, ou seja, agora se tornar vítima de uma outra situação.
