Silvio Santos tentou se candidatar para a presidência em 1989, mas não teve sucesso, por conta de problemas com concorrentes
Em novembro de 1989, o PFL (Partido da Frente Liberal) aceitou substituir Aureliano Chaves pelo animador do SBT. Porém, o primeiro candidato se recusou a deixar o cargo. Sendo assim, Silvio e Gadelha seguiram rumo ao PMB (Partido Municipalista Brasileiro). Entretanto, a candidatura foi impugnada com uma união de candidatos opositores, Rede Globo e o Poder Judiciário.
Mesmo balançado a desistir ao ameaçarem sua família, o apresentador seguiu em frente, graças ao apoio de sua mulher, Íris Abravanel. Sendo eleito, foi cogitada a um convite para Lula, então concorrente da eleição, para que compusesse o governo. Entretanto, dentro do SBT, a candidatura era mal vista.
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Ainda segundo Gadelha, a ideia de Silvio Santos para presidente, era porque tinham populismos muito polarizados na corrida presidencial, pela esquerda, Lula, e à direita, Fernando Collor. E como o apresentador era filiado ao PFL na época, além de ser muito popular e querido, seria boa opção.
Marcondes complementa dizendo que a imagem que Silvio Santos transmitia, era a de uma pessoa aguerrida, batalhadora, que ”começou como vendedor de carteirinhas carteirinhas e se tornou dono do segundo maior império de comunicação do país, faturando US$ 1 milhão por dia, proprietário de 33 empresas, todas dando lucro”. A emissora era contrário a candidatura de Silvio, alguns de forma mais branda, como Luiz Sandoval, presidente da holding. Já outros, como o apresentador e jornalista Boris Casoy era ferrenhamente contra.
Segundo relatos, houve uma conspiração arquitetada por Antônio Carlos Magalhães, Roberto Marinho e Leitão de Abreu, que tinha sido ministro-chefe da Casa Civil. Para finalizar, mais um nome entrou nesta conspiração, o de Eduardo Cunha.
Sílvio Santos já estava sem filiação ao PFL, e precisava de um outro partido, para conseguir a candidatura, entrando assim para o PMB. Entretanto, o partido de Collor e Cunha, o PRN (Partido da Reconstrução Nacional) entrou com um processo revogando a candidatura de Silvio, alegando que o PMB não tinha convenções suficientes para autorizar lançamento de candidatos. Por conta disso, eles entraram no TSE, para conseguir a candidatura, o que acabou não acontecendo, fazendo com que Sílvio desistisse da candidatura.
Por fim, segundo fontes, o apresentador estava interessado em contar com Lula no poder, pois Silvio tinha preocupações com questões sociais, como renda mínima e habitação.