A Justiça de São Paulo, condenou a Globo a pagar uma indenização de quase R$ 40 mil. Em suma, o processo começou após William Bonner, falar no Jornal Nacional, de maneira sensacionalista, sobre a morte de um homem de 63 anos. Em resumo, o idoso faleceu com complicações da Covid-19.
O idoso faleceu em abril de 2020. Entretanto, alguns dias depois, o William Bonner, do Jornal Nacional, da Globo, exibiu uma matéria sobre a região e falou sobre o óbito.
Dessa forma, a viúva e os filhos do homem, entraram com um processo contra a Globo, afirmando que foram constrangidos pela matéria. Além disso, afirmaram que foram alvos de “maledicência” pelos moradores da cidade. A defesa da família, segundo o UOL, informou no processo:
“Os autores [do processo] foram alvos de especulações e discriminação. Principalmente em estabelecimentos de uso rotineiro como banco, lojas e mercados, já que as pessoas cochichavam entre si e se afastavam deles. Por conta do medo da doença”.
Globo defende o Jornal Nacional
Sendo assim, a Globo defendeu a matéria do Jornal Nacional. A emissora afirmou que foi de extrema relevância. “Foram divulgados fatos verdadeiros e de notório interesse coletivo”.
“Além disso, o conteúdo da reportagem não é pejorativo. Muito pelo contrário, e não foi proferido absolutamente nenhum juízo sensacionalista.” Completou o canal. Além disso, a Globo falou sobre a liberdade de imprensa. “A liberdade de imprensa é garantida pela Constituição”.
Dessa forma, o juiz Marcos Vinicius Krause Bierhalz entendeu que a reportagem da Globo não respeitou “os sentimentos da família”. Além disso, houve “abuso de direito de informação com a violação ao direito de imagem do morto”.