Xuxa teve empresa denunciada e acabou sendo detonada por ex-funcionária
Empresa que tem Xuxa Meneghel como sócia, a Espaço Laser está no centro de uma polêmica. Uma ex-funcionária veio à mídia revelar que em 2017, quando trabalhou como fisioterapeuta no lugar, foi obrigada a trabalhar em condições análogas à escravidão.
O depoimento da profissional que trabalhou na empresa de Xuxa foi dado à colunista Fábia Oliveira, do jornal O Dia. “Fui contratada em 2017 e voltei agora, em 2020, na Espaço Laser do Shopping Boulevard para ver se tinham melhorado as condições análogas à escravidão que as fisioterapeutas que estudaram cinco anos passam”, disse ela.
DENÚNCIA DE EX-FUNCIONÁRIA
“Após o treinamento que fizemos em São Paulo – no qual ficamos sete meninas em um apartamento de dois quartos, onde muitas tiveram que dormir no chão e outras sem cobertas – eles deixam claro que somos contratadas como fisioterapeuta subliminarmente, porque somos vendedoras”, contou Maria Beatriz Maya.
A ex-fisioterapeuta da empresa de Xuxa ainda detalhou as condições de trabalhos a qual os funcionários eram submetidos. Ela disse ainda que as clínicas ficam em shoppings e não tem banheiros.
Veja também: BBB21: Thaís elogia Fiuk, mas recebe resposta atravessada e cantor dá gelo na frente de todos
“As fisioterapeutas da unidade Shopping Savassi tinham um processo de revezamento em que a gerente tinha que fazer a limpeza e a faxina, eu tinha que levar a catar lixo e na unidade do BH Shopping não tem encanamento de água. Eu fisioterapeuta, era obrigada a ir no setor da faxina fora da clínica trazendo baldes de água para colocar na pia falsa e fazer a limpeza”, revelou.
EX-FUNCIONÁRIA CRITICA XUXA
Veja também: Entramos no triplex de Graciele Lacerda, companheira de Zezé di Camargo, e você não vai acreditar no luxo
“Lá, as secretárias são até bem tratadas, mas as fisioterapeutas recebem seus salários irrisórios e as condições de trabalho são análogas à escravidão. Xuxa fala da Espaço Laser pensando só no próprio lucro. Ela não liga se as pessoas estão sendo escravizadas lá dentro”, explicou a ex-funcionária.
A VERSÃO DA EMPRESA
Procurada pela publicação, a Espaço Laser emitiu um comunicado sobre o caso. “A Espaçolaser afirma que está apurando as informações recebidas e tomará as medidas necessárias para garantir seus rígidos protocolos de segurança e higiene, bem como as políticas para boas condições de trabalho em todas as suas unidades.
Como uma das maiores empregadoras de fisioterapeutas do Brasil, com mais de 1.500 profissionais, a companhia reforça o cumprimento rigoroso das leis trabalhistas vigentes, além de oferecer um programa exclusivo de treinamento e capacitação, que conta com o envolvimento de diversas áreas internas para garantir a qualidade do programa.
Comprometida com o bem-estar e desenvolvimento de seus colaboradores, a Espaçolaser foi reconhecida em 2020 como uma das Melhores Empresas para a Mulher desempenhar sua atividade profissional, segundo a consultoria Great Place to Work – GPTW. No mesmo ano, a companhia lançou o projeto Mel Acolhe, um programa de apoio às suas colaboradoras vítimas de violência doméstica, através de um canal para apoio às mulheres.
Por fim, a Espaçolaser reforça que, durante a pandemia, redobrou seus protocolos de higiene e segurança, já usuais em suas unidades, reiterando o compromisso com a saúde de seus clientes e colaboradores, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde, governos municipais e estaduais, assim como do CREFITO-3 (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional)”.