Renata Vasconcellos fala sobre cansaço do Jornal Nacional
A Renata Vasconcellos, jornalista conceituada da Globo, comentou sobre sua vida e trabalho durante a pandemia da Covid-19 em entrevista para a Revista Cláudia. Além disso, falou sobre os momentos que se emocionou durante o Jornal Nacional, que apresenta ao lado de William Bonner. “Eu me emociono mesmo, porque me afeta visceralmente”, revelou.
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“Eu tenho muita empatia pelo próximo e vejo o sentimento das famílias desfeitas, o sofrimento. Com a crise, não tem só a doença, mas a fome. Eu tento me segurar para que a informação seja passada, mas a emoção é inerente ao ser humano. E é bom sentir, se solidarizar, não só nos momentos agudos de tristeza, mas nas histórias de alegria que mostramos ao ver alguém passando por uma coisa boa, ficamos com esperança e aí a emoção transborda”, disse.
Renata Vasconcellos também comentou sobre os momentos de fraqueza que aconteceram nos últimos meses a frente do Jornal Nacional e revelou estar cansada da rotina imposta pelo noticiário mais visto do país. “Eu estou aqui, de pé. O Bonner me perguntou uma vez: ‘Você está cansada?’. Eu respondi: ‘Sim, mas atenta e vigilante’. Tem muitas emoções juntas e eu reconheço todas elas. Ansiedade, insegurança, medo, desconsolo. Às vezes, acho que não vou conseguir, mas aí me concentro no momento. O que eu preciso fazer agora para dar conta disso? Um dia de cada vez”, revelou.
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A âncora do principal telejornal do Brasil contou que a situação atual do país fez ela se perguntar sobre o seu consumo e o impacto no meio ambiente. “Foi uma chacoalhada tão grande em tantos aspectos, acho que não tem como não passar sem nenhuma mudança. Dessa forma, eu me vi questionando muitas coisas que estavam no automático, me cobrando um consumo mais consciente”, falou Renata Vasconcellos.
“Eu me pergunto se realmente preciso comprar aquilo e qual o impacto no meio ambiente. Além disso, estamos percebendo que a aceleração do dia a dia, essa obrigação de cumprir tarefas, de tentar atender às expectativas dos outros para sermos perfeitas, não faz sentido. Por que tentamos cumprir com uma lista que nem fomos nós que criamos? Parei para me perguntar o que realmente me faz feliz”, encerrou a âncora.
