Record é condenada na Justiça pelo caso do assassinato do ator Rafael Miguel

Record comete erro ao vivo e é condenada por casal (Foto: Reprodução)
Record comete erro ao vivo e é condenada por casal (Foto: Reprodução)

Record é condenada por casal após cometer grave erro nos telejornais

Há cerca de dois anos, o ator mirim Rafael Miguel foi assassinado pelo próprio sogro. Tomando a decisão apenas por não aceitar o relacionamento da filha com ele, o ator foi assassinado com vários tiros, assim como seus pais. Os três foram sepultados juntos. Na época que a notícia veio à tona, a Record cometeu um grave erro.

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Com o falecimento da família inteira, a preocupação pelos motivos do ocorrido foram crescendo, e o jornalismo investigativo da Record começou a correr atrás de respostas. Contudo, quando noticiou que o assassino fugiu em um carro, filmaram a placa de um carro que não era o dele, mas de um outro casal.

O carro pertencia ao casal Carlos do Espírito Santo e Elaine Cristina, mas a Record apontou como o veículo de fuga de Paulo Cupertino Matias. Segundo condenação em primeira instância, a juíza Laura de Mattos afirma que a Record cometeu abuso no direito de informar, e poderia ter borrado as informações da placa.

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Vale lembrar que o processo foi aberto contra a Rede Record, e não contra algum telejornal específico, já que as imagens foram veiculadas por cerca de 8 dias em diversos telejornais da emissora. Segundo a defesa, o casal passou a ser visto como possíveis cúmplices do caso, na vizinhança.

Ator Rafael Miguel foi morto pelo Sogro. Record errou ao noticiar o ocorrido por um detalhe. (Foto: Reprodução)
Ator Rafael Miguel foi morto pelo Sogro. Record errou ao noticiar o ocorrido por um detalhe. (Foto: Reprodução)

Um trecho da sentença faz questão de atacar a Record. “Sustentam que a ré extrapolou os limites da liberdade de imprensa e de informação, acarretando-lhes danos, pois, após saber se tratar de uma clonagem, continuou exibindo a placa do veículo”.

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Isso porquê mesmo sabendo se tratar de uma clonagem, a emissora continuou exibindo as imagens que incluem a placa do carro. Enquanto as imagens apareciam, Celso Freitas dizia, consciente, que “Após um dia de buscas, o veículo foi localizado na zona sul da capital paulista, a 21 km do local do triplo homicídio. Segundo a polícia, o carro é clonado”.

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Os advogados do casal disseram que, embora tenham ganho em primeira instância, ainda cabe recurso. “Ganhamos em primeira instância, mas ainda há possibilidade de recurso. Esperamos que a emissora reconheça o erro, e que não pratique mais tais atitudes, para que outras pessoas não sofram da mesma forma”.

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